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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O HUMANO

O homem é finito e tem vida curta por tudo o que raciocina, luta, pesquisa, constroe, modifica, dizima e faz. Mas , em sua maioria, acomoda-se diante da vida, baseando-se em crenças e valores ditados pela dominação que aliás foi construída por seus semelhantes.   Entrega seu destino nas mãos de um ser superior imaginado, imposto e nunca questionado. Assim teme e o temor paraliza e impede o ser de pensar, questionar, analisar e concluir por si, ou ser sujeito  de seu caminho.
Em geral sua vida se resume em formar uma família, razão de ser da manutenção da espécie, e viver em função dela passando assim os mesmos fundamentos aos filhos.
Esquecem ou não sabem que os filhos são seres desse universo e a multiplicidade de genes que os compõem já definem a maior parte do que serão, para não dizer que nascem prontos, com suas características próprias.
Os seres esquecem que seus filhos não são sua propriedade. Vieram sim ao planeta Terra por sua responsabilidade (dos pais) mas para terem e fazerem suas próprias vidas, serem sujeitos de seus destinos.  Como não refletem sobre isso, tentam impedir seus filhos de pensar e tentam colocá-los na mesma corrente da qual vieram e permanecem.
E ainda pensam que isso é dedicação.
São capazes de anular muitos de seus desejos e anseios em prol dessa suposta dedicação anulando ou rebaixando a possibilidade de pensar livremente e concluir por si. E mais tarde, já cansados, muitas vezes percebem que poderiam ter realizado muitas coisas para si que deixaram para trás, e já não há mais tempo, tanto pela idade como muito mais pelo hábito enraizado de onde não podem  sair porque estão na prisão construidas por eles próprios.
Assim, na maioria das vezes, nada mais resta senão viver a expectativa imaginada e nunca garantida da realização e felicidade de seus filhos.
A ingratidão chorosa ou gratidão perene são carregadas por orações as quais geram novas expectativas de graças que poderão receber,  em troca do dever cumprido , após ou além da morte.
O ser humano como ser pensante deve ser livre e para isso precisa enfrentar desde cedo a realidade da vida. Não pode ser poupado mas incentivado a questionar sempre para evoluir e aprender a raciocinar.  Assim deve construir sua vida como sujeito dela e buscar alguém como companheiro (a) para compartilhar desejos, ambições, dúvidas, aflições, amor, enfim partilhar/dividir sem imaginar que um é propriedade do outro,  Cada ser é único dentro de suas circunstâncias.  É fundamental e responsável criar seus filhos como seres pensantes que nasceram para serem sujeitos e construirem suas próprias vidas de forma independente... ( ... )

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