É curioso. O mesmo ser humano que prega amor, união e valores ligados à família, não consegue conviver por um dia com quem pensa diferente e não segue, em sua imaginação, seus preceitos e vontades.
Uma familia que se reune vez ou outra e aí entendo família como pais, avós, irmãos, tios, sobrinhos, agregados que se reunem num dia do ano, pode ser chamado de Natal por convenção , ou para qualquer que seja a comemoração, há que exercer a tolerância como exercício de civilização.
Afinal a vida é uma oportunidade única e esse ser humano que cria, inventa, pensa, aumenta sua longevidade, todos os dias está diante de situações e fatos onde precisa exercer o que aprendeu e aprende na vida – civilidade – com direitos e deveres.
De que adianta ensinar aos filhos a importância do amor, respeito, carinho e atenção quando não pode dar o exemplo de tolerância por impossibilidade de lidar com isso?
O isolamento é muitas vezes tão necessário como a reunião de pessoas . No entanto em ambos os casos é necessário exercer a tolerância.
Não entendo como educar sem exercitar a tolerância, sem dar exemplo de civilidade. Isso só reproduz a segregação e a falsidade que se volta para o núcleo doente.
Desde o nascimento, que é um acontecimento, é preciso exercer a tolerância para com aqueles que desejam expressar sua alegria no compartilhamento quando do recebimento das visitas, telefonemas, presentes inesperados, enfim formas diferentes de expressar aproximação. Depois surgem os aniverssários, as formaturas, e muitos dias de glórias e de fracassos. No final há o envelhecimento e a morte.
Se não praticarmos, exercitarmos a tolerância até conosco mesmo, podemos cair no vazio e sermos abandonados, nos deixarmos abandonar.
Então o que resta é a , a dor, que é o que aprendemos e ensinamos com as atitudes. O que fica é isolamento sem retorno porque não soubemos exercer a tolerância.
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