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sábado, 21 de janeiro de 2012

A CONSTRUÇÃO DO EU E O MEDO DE ERRAR


Nunca estamos ou estaremos prontos e acabados, mas somos seres em construção.
Assim sendo como construir a nós mesmos juntamente com aqueles que por ,escolha ou não, nos cercam ?
Há que se  usar o que temos dentro do que somos, ou seja, nosso cérebro.  O ato de pensar, raciocinar dá trabalho e muito porque exige questionamentos, dúvidas e pesquisas.  Exige o querer saber como o prato foi preparado, como chegaram naquele resultado,  e não apenas aceitar o que já foi feito e está pronto como receita do sucesso, imitação, deslumbramento, amém.
Qual a razão de , na maioria das vezes, optarmos por receitas prontas?
Acomodação.  Esta é a palavra certa.  É mais fácil admirar aqueles que conseguem dizer o que pensam desafiando a si próprio e renovando, evoluindo em suas conclusões.  Esses  inconformados fazem toda a diferença porque  após o embasamento de muita experimentação, teoria, leitura, estudo e pesquisa, chegam às suas próprias conclusões que estão sempre em evolução.
Então pra que questionar? Não é melhor aceitar o que os experts e estudiosos  de qualquer assunto ou tema , seja religioso, político, social, artístico, dizem  e recomendam?  Pra quê pensar e ter trabalho então?
Minha resposta é :  porque na construção de nós mesmos somente se entendermos cada atitude, cada razão disso ou daquilo, poderemos realmente conhecer , compreender e definir  melhor o que queremos e ser sujeito de si.  Vale tentar nas mínimas coisas até que vire hábito.
Mesmo nas pessoas que já nascem fazendo isso porque faz parte de sua natureza muitas vezes deixam ficar encoberto por medo de tentar, de criar, de ousar e, principalmente de errar.
O que é esse medo de errar?  Este princípio está associado a um distanciamento entre o que julgamos comum e incapaz, como a maioria das pessoas ,  e  os “gênios”,  “experts” ,  seres super dotados e perfeitos naquilo que fazem , pois são “super stars” e tudo o que fazem é mágico.
Se pesquisarmos e estudarmos poderemos enxergar que esses seres “super qualquer coisa”  para fazerem o que fazem , fizeram ou farão tiveram muito trabalho.  Experimentaram, estudaram, pesquisaram,  pensaram  e erraram muito antes de chegar a uma conclusão, após o quê nunca tiveram certeza de que estavam  prontos e acabados.  Muitos morreram e deixaram para outros estudiosos questionadores e inconformados que deram continuidade às inúmeras conclusões.
Minha proposta é que temos que praticar o ato de pensar e refletir. Impossível assistir a um filme , qualquer filme, qualquer programa de televisão, qualquer artigo de revista ou jornal, internet, facebook, blog, etc., sem pensar no por quê, como e para quem foi  criado, elaborado e realizado?  Discutir e chegar à própria conclusão sem medo de errar para evoluir, mudar de idéia, transformar.
A vida fica mais rica quando adquirimos experiências buscando respostas.  O trabalho que dá é simplesmente maravilhoso e o resultado parece mágico porque sempre surpreende.  Surge então a primeira conclusão: “como consegui fazer isso?” e a segunda “mas está longe de ser bom” e a terceira “sei que posso fazer melhor” e por aí vai.  Esta é a construção que começa dentro de nossa estrutura e é de dentro para fora que podemos construir  o sujeito de nós.
Com essa prática, embasada em estudo, teoria e pesquisa, é que podemos começar a nos livrarmos dos dogmas, deuses e heróis que imaginamos e colocamos tão distante de nós que , inferiores,  ajoelhamos e pedimos, imploramos ajuda e dizemos AMÉM.  A liberdade começa quando podemos tirar as algemas que nos colocamos e aliviar as marcas deixadas por elas em nossos corpos e principalmente em nossas mentes aprisionadas por medo de errar.

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