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terça-feira, 5 de julho de 2011

A DANADINHA DA FELICIDADE

A felicidade se mostra a maior personagem em nossa busca constante, mas não se mostra de todo, ela aparece e some, como uma criança sapeca que sabe esconder-se nos lugares mais inusitados, numa brincadeira de esconde-esconde.

Procuramos, procuramos e lá está ela se mostrando quando quer e aonde quer.

Às vezes, a encontramos num sorvete de casquinha saboreado numa sombra sentado no banco da praça de um parque, sentindo o vento beijar nossa tez e a fazer cafuné em nossos cabelos. Quando nos damos conta, o sorvete acabou e temos que ir, pois a felicidade já estará em outro lugar.

E lá vamos nós, caminhando com passos de formiga que a vida nos permite.

Talvez seja difícil encontrarmos ela em todas as suas aparições antes dos trinta ou dos quarenta. Essa época exige urgência de nossa procura e nós nos ocupamos mais com rebeldia, ideais, sonhos, competições e realizações. E, com isso, nos inundamos de preocupações. Felicidade vem depois das preocupações, se mostra quando sentimos aquela sensação de alívio e constatamos olhando as correrias dos outros. Felicidade é ver o arco-iris após o temporal. Mas não se engane! Não há idade para ser feliz.

Sonhar ajuda muito nesses encontros. São nos sonhos que ultrapassamos os limites de nossas vontades. Os sonhos nos dão pistas dos melhores esconderijos da felicidade.

Às vezes, ela é caprichosa e se esconde debaixo no nosso nariz. Está no convite daquele amiga ao cinema que recusamos, no café com pão de queijo e uma boa companhia compartilhada na praça de alimentação do shopping, na releitura daquele livro que num passado distante ferveu nossa imaginação. Outras vezes ela está na palma da nossa mão ou na ponta dos nossos dedos e nós ficamos procurando por ela nas noites estreladas ou enluaradas.

Agora, por exemplo, ela pode estar nos lábios da pessoa que você escolheu para amar. Procure! Prove! Experimente com sua boca, suas mãos, seu corpo inteiro, sua alma. Pode ser que ela se espalhe pelo corpo inteiro dessa pessoa, aí você não poderá ver limites, pois o limite de encontrar a felicidade no corpo da pessoa amada tende ao infinito. Mas nesse caso, ela só se mostrará por completo se a outra pessoa também procurar a danadinha da felicidade em você. Vocês a encontrarão juntos.


Olha ela ali! Escondida no chocolate na gaveta, que nos privamos comer sob pretexto de resguardar a forma física. Coma! Lambuza-te! Mas ela não fica lá parada, ela foge, sai correndo. Se você não a viu, não se preocupe, logo, logo, ela volta a aparecer. A felicidade está em você, olhe direito! Procure no bolso do seu coração, na gaveta da sua memória, no cofre das suas aspirações. Comece pelo lugar mais óbvio: em você!

Um comentário:

luciana disse...

Boa tarde!

Muitas vezes imaginamos que devemos ser felizes 24 horas e que depende das coisas ou das pessoas para isso quando, na verdade, a felicidade é um estado de espírito que depende muito mais de cada um de nós.

Parabéns pela bela postagem!
Bjs
Lu