Tais interpretações estão associadas, geralmente, às predisposições de cada um em ver no seu interlocutor o conceito que tem dele, baseado em si mesmo.
Entretanto, esse conceito também é um ato interpretativo cuja visão pode estar fundamentada em observações, ações do indivíduo, percepções (não necessariamente corretas) etc.
Isso cria uma grande dificuldade nos relacionamentos fazendo surgir situações que afloram o excesso de amor próprio, o que gera conflitos.
Por isso, é possível que um dos motivos que levou Jesus a preconizar “não julgueis para não serem julgados”, também seja esse.
Existem afinidades e animosidades geradas por nossas emissões mentais.
Admite-se que nossa expressão corpórea – principalmente a facial – e nossas ações sejam o resultado desses fatores, que refletem nossa personalidade.
A interpretação que fazemos das pessoas e suas ações deve ser cuidadosa e não definitivas.
Num primeiro momento é recomendável silenciar a mente, ouvir e ver com atenção, raciocinar sobre o que está acontecendo observando os ensinamentos aprendidos tais como a tolerância, a prudência e a compaixão.
Tal postura é difícil, reconhecemos, mas se queremos de fato uma mudança íntima não há outro caminho. Além disso, quem nos observa será beneficiado, pois o ato correto vale mais do que “mil palavras”.
No meio social – família, trabalho, clube e outros – estamos sendo permanentemente colocados diante dessa situação, mesmo diante daqueles que julgarmos ser nosso amigo(a) mais íntimo(a).
É inevitável.
O fato importante a considerar é que se não tivermos uma atitude madura, se nos sentirmos ofendidos e não termos como parâmetros de nossas ações as qualidades anteriormente citadas, criaremos conflitos internos e externos.
O acúmulo desses conflitos leva à degeneração física e psicológica, nos deixando sempre “armados” contra as situações da vida.
Não se pretende que alguém mude da noite para o dia, mas tão somente que comece a meditar sobre o tema e exercitar a boa conduta.
Só temos a ganhar agindo corretamente.
Melindres, ódios, raivas, inveja e tantos outros sentimentos de baixo nível vibracional nos levam ao desespero mental e à morte corporal, enquanto que a boa luta interior nos eleva, nos vitaliza e nos faz mais maduros e preparados. Vale à pena praticar.
Que amigo leitor possa estar sempre consciente no seu relacionamento com o mundo exterior.
Muita paz.
Alexandre Sirieiro
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