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quinta-feira, 2 de junho de 2011

ÉTICA E MORAL

Ética – do grego ethos significa comportamento; Moral – do latim mores, costumes. Embora utilizamos os dois termos para expressarmos as noções do bem e do mal, convém fazermos uma distinção: a Moral é normativa, enquanto a Ética é especulativa. A Moral, referindo-se aos costumes dos povos nas diversas épocas, é mais abrangente; a Ética, procurando o nexo entre os meios e os fins dos referidos costumes, é mais específica. Pode-se dizer, que a Ética é a ciência da Moral.

Ética e Moral distinguem-se, essencialmente, pela especulação da Lei. A Ética refere-se à norma invariante; a Moral, à variante. Contudo, há uma relação entre ambas, pois a sistematização da segunda tem íntima relação com a primeira. Nesse sentido, a Filosofia e a Religião contribuem para a fundamentação da tal norma. A raiz da Ética deve e terá de ser encontrada na Ontologia. A Axiologia é apenas uma disciplina desta. O valor é ainda ser e não nada.

O caráter invariante da Lei possibilita-nos questionar: de onde veio? Quem a ditou? Por que? Com que fim? A resposta dos transcendentalistas é que ela é heterônoma, isto é, veio de fora do "eu". Deus seria o autor da norma. Liga-se, assim, Filosofia e Religião. Para os cristãos, as normas éticas estão centradas nos Dez Mandamentos; a resposta dos imanentistas é que ela é autônoma, isto é, surge das tensões das circunstâncias.

Deus é o autor da Lei. Mas, que é Deus? Como surgiu? Por que? Eis algumas perguntas cujas respostas nos deixam embaraçados. A dificuldade de defini-Lo não significa sua inexistência, pois, sentimo-Lo dentro de nós mesmos, através das suas leis, que estão gravadas em nossa consciência. Ética e Moral são objetivas, pois fazem parte da constância e invariância da eternidade de Deus. Cabe-nos, abrir a nossa mente, para captá-las com mais precisão.

Ética e Moral determinam a perfeição do ser. Acostumados a confundir os meios com os fins, não conseguimos visualizar claramente o fim último da existência humana. Por isso, o erro crasso de conceber a Moral como um mero e fastidioso catálogo de proibições. O fim do homem é, pois, o de realizar, pelo exercício de sua liberdade, a perfeição de sua natureza. Implica, muitas vezes, a obediência à vontade de Deus, contrariando a própria, se assim delimitar o dever imposto pela consciência.

Os valores éticos e morais devem ser procurados na Lei Natural, a única que nos abre o caminho para a libertação de nosso espírito imortal.

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